Montaigne utilizou o termo “ensaio” porque nas variadas abordagens que efetuou dizia se tratar de tentativas, e não exposições de caráter definitivo. Ele afirmava não ser digno de ser considerado um sábio, como os da antiguidade e que estava longe disto. Mas era neles que encontrava a inspiração para escrever. Desta forma, justamente por não ser um especialista mesmo sendo dotado de muita sabedoria e conhecimento, Montaigne revelou-se o sábio mais humilde da história da humanidade.
Montaigne desvelou praticamente todos os escopos de preocupações do ser humano.
Um pouco de sua sabedoria:
- Quero que me vejam aqui em meu modo simples, natural e coerente, sem pose nem artifício: pois é a mim que retrato.
* Sua definição de projeto: - É um registro de ocorrências diversas e mutáveis, de idéias indecisas, e se calhar, contrárias.
* Contrariando Maquiavel, declarou: - Mesmo se pudesse me fazer temido, gostaria mais ainda de me fazer amado. - Quem impõe seu discurso como um desafio e um comando mostra que sua razão é fraca.
- Não há nenhum mal na vida para aquele que bem compreendeu que a privação da vida não é um mal.
- É descortês e inoportuno criticar tudo o que não é de nosso gosto.
* Pondera sobre os limites do conhecimento: - É uma ousadia perigosa de grande conseqüência desprezar o que não compreendemos.
- Não sei arte nem ciência, mas sou filósofo.
- É obrigado a agir mal no varejo quem quiser agir bem no atacado, e a cometer injustiça nas pequenas coisas quem quiser fazer justiça nas grandes.
- Não há nada tão belo e legítimo quanto agir como um homem deve agir, nem ciência tão árdua como saber viver esta vida.
Sabedoria da Távola Redonda: - O grande desafio do ser humano é reconstruir tudo que aprendeu antes e durante o seu encontro com a maturidade intelectual, cultural e emocional.
Távola Redonda
Nelza Lau, Romeu Fernando Waechert e Heitor Jorge Lau
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